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terça-feira, 8 de maio de 2012

13 de fevereiro de 1922


                                                                   
         13 de fevereiro de 1922


  Meu nome é José Oswald de Souza Andrade mais conhecido como Oswald de Andrade, nasci no dia 11 de janeiro de 1890 e cursei Direito.

 No ano de 1911 fundei “O Pirralho”, revista semanal que infelizmente só circulou até os anos de 1917, e neste mesmo ano defendi minha amiga Anita Malfatti contra as críticas do tão perspicaz Monteiro Lobato. Viajei muitas vezes para a Europa, onde fiz amizades nos meios artísticos, o que me permitiu estar a par das novidades introduzidas pelas correntes  vanguardas e, aqui no Brasil, pude assumir o papel na liderança da primeira vanguarda: O FUTURISMO e também fiquei conhecido como irreverente, polêmico, irônico e combativo.

   Além disso, resolvi participar da Semana da Arte Moderna que serve de ponto de referência para o início do Modernismo, por assim dizer, oficializa um marco de uma geração de artistas e escritores no cenário cultural brasileiro.

   Hoje 13 de fevereiro de 1922 é o primeiro dia da tão sonhada Semana da Arte Moderna - ideia do pintor Di Cavalcante - Graça Aranha abriu com  a palestra “Emoção na obra da arte" onde propôs a renovação das artes e das letras. Houve em seguida, declamações de textos modernos e a execução de uma composição musical de Villa-Lobos, além de uma conferência de Ronald de Carvalho sobre a pintura e a escultura modernas do Brasil. É extremamente lindo e terminaremos a noite com execução de peças teatrais. Vejo  perfeitamente dos mínimos detalhes, meus olhos enchem-se de alegria pois vejo o simbolismo expirar na minha frente, confesso que nunca gostei do Parnasianismo e nem do Simbolismo por serem dois Movimentos mesquinhos, sendo o Parnasianismo um tipo de Movimento que na realidade jamais se renovou reciclando ideias antigas e por esse motivo não teve uma grande repercussão e do mesmo jeito foi o Simbolismo que procurara resgatar o Romantismo com uma linguagem totalmente fútil e insignificante. Por esses e outros motivos o Modernismo vem  para reinventar todos os contextos do que é um  bom Movimento e também de chocar este público conservador, que prefere escutar palavras verossímeis  do que se libertar dos dois últimos Movimentos pueris e decadentes de ideias. 

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