17 de fevereiro de 1922
Hoje, 17 de Fevereiro de 1922, foi a terceira e última grande noite da Semana da Arte Moderna, onde abriu com a apresentação de Villa-Lobos. Estamos conseguindo o pretendido, apesar das críticas e obstáculos, divulgar a nova geração de artistas.
Lutamos pela renovação da arte brasileira, rejeitamos o tradicionalismo e as convenções antiquadas e, além disso, estamos contribuindo para dar um impulso no Brasil, ou seja, estamos o ajudando a libertar-se da camiseta-de-força que os preceitos de um tradicionalismo pomposo e estéril ainda impõe sobre à vida cultural deste belíssimo país.
Creio eu que este Movimento irá evoluir cada vez mais com o passar do tempo, será um exemplo para as gerações futuras e consolidara-se na cultura de nossa história. Contudo tomamos a atitude de contestação, uma declaração franca e ruidosa dos direitos do artista brasileiro, uma forma de protestar contra uma retórica parnasiana esterilizante (que, de resto, já está desacreditada ), contra a obsessão pelo purismo linguístico que tem como padrão as normas de Portugal.
Bom trabalho. Parabéns!
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